terça-feira, 13 de agosto de 2013

D23 Expo 2013 | Dia 2


O segundo dia da D23 Expo 2013 também foi especial para os fãs da Pixar, principalmente aqueles que estavam presentes no Centro de Convenções em Anaheim - Califórnia (EUA).


PAINEL
A Arte de The Good Dinosaur


O painel The Art of The Good Dinosaur apresentou mais detalhes sobre a produção do 15º longa-metragem da Pixar. Daniel Lopez Muñoz, designer de produção do filme foi quem explicou o desenvolvimento da animação.

A Pixar é conhecida por contar histórias respondendo a pergunta: “E se?” E com The Good Dinosaur, também não foi diferente.

O designer apresentou a imagem de uma atração da Disneyland chamada Mundo Primitivo (Primeval World) e disse que por meio dela, foi possível desenvolver uma visão romantizada dos dinossauros, mas eles queriam alterar um pouco essa visão. Decidiram então aumentar o tamanho dos dinossauros. “E se os dinossauros continuassem crescendo?”.

Para o desenvolvimento da arte para o filme fizeram pesquisa de campo com paleontologistas e assistiram vídeos sobre fósseis. Observaram e estudaram a pele de crocodilos, elefantes e superfícies desérticas para imaginar como a pele dos dinossauros poderia parecer. Queriam que o os dinossauros tivessem vigor em seu visual e não parecessem falsos, por isso também observaram plantas e os padrões formados em suas superfícies e tentaram aplicar esses padrões e texturas para suavizar o visual dos dinossauros.

Outra pergunta “E se?” importante para o desenvolvimento do filme e seu design é: “E se os dinossauros continuassem evoluindo?”.


Infundir personalidade e charme nos personagens é uma das coisas mais importantes em um filme da Pixar. O objetivo é conectar a audiência com algo que ela possa se relacionar e reconhecer. Para isso os artistas do estúdio pediram à pessoas nas ruas para que elas tentassem se desenhar como dinossauros.

O protagonista do filme, o dinossauro Arlo, foi inicialmente baseado em um Braquiossauro. Depois decidiram por basear o personagem em um Apatossauro.

A arte do personagem pode até ser anatomicamente incorreta se o personagem for charmoso o suficiente. Arlo pode ser um dinossauro mas é também um adolescente e possui muito vigor físico. Uma renderização final de Arlo foi exibida no painel. Sua pele de um verde intenso parece como um leito de um rio repleto de pequenas pedras arredondadas. Esse design “circular” em sua pele suavizou o visual do personagem e o tornou mais afável.

A pergunta “E se?” seguinte foi: “E se um dinossauro encontrasse com uma criança?”.


O personagem humano, Spot (Ponto) , é um menino rude que também tem seu lado sensível.


“E se os dinossauros se tornassem fazendeiros?”

Os dinossauros do filme desenvolvem atividades agrícolas e seu visual foi inspirado no Centro-Oeste americano da década de 1950. No mundo de The Good Dinosaur, ser fazendeiro é uma tradição familiar.
Dar às fazendas um visual pré-histórico foi um desafio, principalmente em virtude do tamanho dos dinossauros. Os dinossauros são os tratores da fazenda e usam suas cabeças para arar e escavar o solo. Dessa maneira incorporaram uma característica física dos Apatossauros – o pescoço longo – transformando-a em utilidade/atividade.

Uma vez que os dinossauros fazendeiros ficam expostos longos períodos de tempo ao sol sua pele é enrugada.

O design das plantas também é muito importante para a construção do filme. Os artistas estudaram a vegetação pré-histórica, grande em tamanho e com diferentes formas. Por isso resolveram desistir do grande uso de vegetação em grande escala para que não interferisse na ambientação das fazendas.

Os artistas subiram em grandes alturas e olhavam para baixo para ter a noção de como o mundo era visto pelos dinossauros. Dessa maneira The Good Dinossaur é o oposto de Vida de Inseto, já que a escala é gigantesca.

O milho é uma das culturas realizadas pelos dinossauros. As espigas são gigantes para que os dinossauros pudessem manejá-las de maneira mais fácil.

E, os dinossauros não constroem estruturas e prédios.

O mundo em The Good Dinosaur é dividido em “duas partes”. As terras das fazendas e o mundo lá fora. Existe um muro que separa essas partes. O mundo lá fora é caótico e assustador, pois não foi “criado” para os dinossauros como as fazendas.

Na fazenda os dinossauros estão no controle do seu ambiente, mas no resto do mundo podem ser subjugados pelo ambiente desconhecido. Arlo e Spot saem em uma jornada pelo mundo, crescendo e amadurecendo juntos.

Para o desenvolvimento das artes e da história do filme a equipe fez viagens e atividades de pesquisa para tentar entender como as coisas funcionam. Fizeram montanhismo, passearam por cavernas entre outras coisas. Muñoz comentou que esse tipo de viagem é fundamental para o filme. Sem a viagem e as atividades estariam prestando um desserviço à história.

PAINEL
Toy Story de Terror & Curtas da Pixar


A apresentação contou com a presença do diretor Angus MacLane (Burn-E, Small Fry/Um Pequeno Grande Erro e Toy Story de Terror), do produtor Galyn Sussman (Burn-E, Férias no Hawaii e Toy Story de Terror), de Rob Gibbs (diretor de diversos curtas da série Cars Toon), Mary Alice Drum (produtora associada da Pixar e supervisora da Pixar Canadá) e Jim Morris (Gerente Geral da Pixar).

Jim Morris comentou que os curta-metragens são realmente o DNA da Pixar Animation Studios. E, Rob Gibbs anunciou que a Pixar está trabalhando em dois novos curtas da série Cars Toon: Radiator Springs 500 1/2 e To Protect and Serve/Proteger e Servir. Os curtas serão lançados em 2014 no Disney Channel. Gibbs também disse que as histórias dos novos curtas serão centradas um pouco mais na comédia, com foco menor nas emoções.

Angus MacLane disse que uma grande vantagem de Small Fry/O Pequeno Grande Erro é que o público entende de brinquedos de fast food. Por isso da história usar como base esse tema. O diretor disse ainda que para criar a base de u filme é necessário usar pelo menos um pouco da verdade do mundo real. Dessa maneira ganha-se tempo sem precisar ficar muito tempo explicando.

O produtor Galyn Sussman comentou sobre a produção de curtas-metragens de Toy Story. "Muitos funcionários mais jovens, recém chegados ao estúdio passam a ter a oportunidade de trabalhar com personagens conceituados, como os brinquedos de Toy Story." Sussman disse que trabalhar com curtas-metragens é uma grande experiência, uma vez que com equipes menores, é mais fácil que todos se envolvam mais com a produção.

Sobre o especial Toy Story de Terror, MacLane diz que o curta é o primeiro filme de terror do estúdio. Disse também que gostaria de ter muito mais coisas do gênero horror na produção, mas que preocupam-se em tornar o curta acessível a todos.

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